Cubo Mágico (Rubik)

O Cubo de Rubik, também conhecido como cubo mágico, é um quebra-cabeça tridimensional, inventado pelo húngaro Erno Rubik em 1974.
Originalmente foi chamado o “cubo Mágico” pelo seu inventor, mas o nome foi alterado pela Ideal Toys para “cubo de Rubik”.
Em 1974, ano em que foi criado, ganhou o prêmio alemão do “Jogo do Ano” (Spiel des Jahres). Erno Rubik demorou um mês para resolver o cubo pela primeira vez. O cubo de Rubik tornou-se um ícone da década de 1980, década em que foi mais difundido.

O húngaro Ernő Rubik segurando sua criação

Ele é considerado um dos brinquedos mais populares do mundo, atingindo um total de 900 milhões de unidades vendidas, bem como suas diferentes imitações.

DESCRIÇÃO
O invento, descendente de um protótipo 2x2x2, criado por Larry Nichols (Lavourensis Plenus) em março de 1970, é um quebra-cabeça que consiste em um cubo. Cada uma das suas seis faces está dividida em nove partes, 3×3, num total de 26 peças que se articulam entre si devido ao mecanismo da peça interior central fixa, oculta dentro do cubo.

HISTÓRIA
O primeiro protótipo do cubo foi fabricado em 1974 quando Ernő Rubik era professor do Departamento de Desenho de Interiores da Academia de Artes e Trabalhos Manuais Aplicados de Budapeste Hungria. Quando Rubik criou este quebra-cabeça, a sua intenção era criar uma peça que fosse perfeita, no que se refere à geometria, para ajudar a ilustrar o conceito da terceira dimensão aos seus alunos de arquitetura. A primeira peça que realizou foi em madeira e pintou os seus seis lados com seis cores distintas, para que, quando alguém girasse as faces do cubo, tivesse uma melhor visualização dos movimentos realizados.

COMBINAÇÕES
Podemos permutar os oito vértices do cubo, logo podemos arranjá-los de várias formas diferentes.
Também podemos permutar suas doze arestas, existindo assim várias outras combinações para as mesmas.
Entretanto, apenas metade das possibilidades acima são verdadeiras, uma vez que não é possível permutar duas arestas sem trocar também a posição de dois vértices, e vice-versa.
Também é possível girar todos os vértices do cubo, salvo um, sem que nada mais mude no cubo. Uma vez que a orientação do último vértice será determinada pela orientação dos demais.
No total, o número de combinações possíveis no cubo de Rubik é: 43.252.003.274.489.856.000
Se alguém pudesse realizar todas as combinações possíveis a uma velocidade de um movimento por segundo, demoraria 1400 trilhões de anos, supondo que nunca repetisse a mesma combinação.

TEORIAS
Segundo Gene Cooperman, “o cubo de Rubik é um teste básico para problemas de busca e enumeração”. Busca e enumeração é uma enorme área de pesquisa, abrangendo muitos pesquisadores trabalhando em diferentes disciplinas – da inteligência artificial às operações. O cubo de Rubik permite que os pesquisadores de diferentes disciplinas comparem seus métodos em um problema único e bem conhecido.
Os movimentos executados para resolver o cubo, na realidade são comutadores, definidos pela fórmula:
[a,b] = a * b * a ^ (-1) * b ^ (-1)

Utilizando a teoria dos grupos, Gene Cooperman e Daniel Kunkle testaram não apenas movimentos individuais, mas também grupos de movimentos, de forma a otimizar a solução. Foram 100 milhões de movimentos por segundo, até chegar ao resultado final.

E parece haver espaço para melhorias nos cálculos. Em 1997, o professor de ciência da computação Richard Korf afirmou que a solução ótima para o cubo de Rubik é de 18 movimentos. Até então, o melhor método, chamado de método Fridrich, elaborado por Jessica Fridrich, possibilitava a resolução do cubo em menos de 1 minuto.

Um algoritmo que conseguisse resolver qualquer cubo de Rubik no menor número de movimentos possíveis é designado por “algoritmo de Deus”. Em 2005, o menor número de movimentos para resolver o cubo era de 28. Em 2007, passou a 26. Em 2010, foi provado que o número exato é 20. Para chegar a esse cálculo, alguns matemáticos, um engenheiro do Google e um programador dividiram o problema em 2.217.093.120 partes. A partir daí, os pesquisadores usaram a infraestrutura da companhia americana para processar os dados, chegando à conclusão.

O cubo de Rubik ganhou várias versões, sendo a versão 3x3x3 a mais comum, composta por 6 faces de 6 cores diferentes,
geralmente com arestas de 5,7 cm cada. Outras versões menos conhecidas são a 2x2x2, 4x4x4 e a Professor’s Cube (5x5x5)

As várias versões do Cubo de Rubik