H.R. Giger

Hans Rudolf Giger nasceu em Chur, na Suíça, em 1940. Ainda criança, desenvolveu uma grande paixão por tudo que era surreal e macabro. Sua necessidade de se expressar e compartilhar os aspectos únicos da sua poderosa imaginação o levaram às artes visuais, com criações que passam por mulheres exóticas, paisagens bizarras e criaturas aterrorizantes.

Seus trabalhos ganharam maior notoriedade com o lançamento do Alien – O 8° Passageiro, pelo qual HR Giger ganhou o Oscar de melhores efeitos visuais. Além da criatura, ele foi responsável por toda a incrível ambientação do filme.

Filho de um químico, Giger se chamava Hans Rudolf e nasceu na cidade de Chur, no leste da Suíça, em 1940. Seu trabalho mais conhecido são os alienígenas do clássico de horror/ficção científica de Ridley Scott. Pelo trabalho, ele ganhou o Oscar de efeitos especiais em 1980.

Mas nessa época Giger já tinha um currículo extenso, tendo ilustrado capas de álbuns de artistas como Emerson, Lake & Palmer, Debbie Harry (Blondie) e Danzig, entre outros.

Giger estudou arquitetura e design industrial em Zurique. Seu trabalho explora as relações entre o corpo humano e as máquinas, dando origem a assustadoras imagens que ele descrevia como “biomecânicas”.

Em Hollywood, também trabalhou no design de outros filmes como “A experiência”, “Poltergeist II” e “Duna”.

“Eu acho inspiração em tudo, em todo lugar. E como muitos outros artistas, eu gosto da beleza feminina”, disse Giger em uma entrevista em 2001. “Também gosto muito de ler. Literatura e grandes escritores sempre foram um prazer e uma inspiração”.

Na época, Giger deixou claro que só fazia capas de discos se gostasse das músicas. Além disso, revelou também que apenas cinco obras foram feitas especialmente para uma banda ou artista.

A primeira foi para uma banda chamada Walpurgis, em 1969; depois para o disco do Emerson Lake & Palmer “Brain salad surgery”, em 1973; o solo de Debbie Harry, “Koo Koo” em 1981; e o do Steve Stevens. Todas as demais, incluindo a do Danzig para “How the Gods Kill”, eu apenas licenciei imagens de meus livros, já prontas.

Em 1998, Giger abriu seu próprio museu na cidade suíça de Gruyere. Lá são exibidas pinturas, esculturas e outras peças, além de sua coleção privada de arte, que inclui trabalhos de Salvador Dalí.

MUSEU
As pinturas de H. R. Giger, geralmente feitas em grandes formatos, chamam a atenção pelos detalhes meticulosos. Mas ele também fez muitas esculturas, móveis e elementos de arquitetura e design de interiores, geralmente misturando corpos orgânicos a peças mecânicas.

Em 1990, na ocasião do seu 50º aniversário, HR Giger foi convidado a montar uma grande retrospectiva de seus trabalhos no Château de Gruyères, na Suiça. A exibição Aliens dans ses meubles foi um grande sucesso, tendo recebido cerca de 110.000 visitantes. Nas suas várias visitas ao castelo, o artista se apaixonou pela região. Ao saber que o Château St. Germain estava à venda, resolveu estabelecer ali um museu próprio.
O Museum HR Giger, inaugurado em 1998, fica na Rue du Château, 1663, Gruyères, Suiça.

É interessante ver o casamento entre a estrutura do castelo medieval, construído há mais de 400 anos, com as formas grotescas e futuristas criadas pelo artista, o que cria um clima de ficção científica. O inusitado contraste combina com a personalidade e as criações do artista, uma vez que nasceu em uma pequena e conservadora cidade do país.

Em exposição permanente estão coleções de trabalhos de diferentes períodos criativos, vários de seus trabalhos no cinema, incluindo as artes conceituais e protótipos dos filmes Alien, Alien 3, Duna, Espécies, Poltergeist 2 e outros, além de sua coleção pessoal formada por obras de artistas como Coleman, Dado, E. Fuchs, Schwarz, Steve Leuba, etc. Há também espaço para exposições temporárias, que mudam ao longo do ano.

A maior parte da exposição, que é distribuída em quatro andares, é autoria própria. Embora não haja uma restrição de idade para entrar no museu, muitos dos trabalhos podem ser um tanto assustadores para crianças pequenas, mostrando corpos dissecados, poses sensuais e sugestões fetichistas. Há até mesmo uma sessão separada que se destina apenas a adultos, pois o conteúdo é bastante explícito.

Giger morreu no dia 13 de maio de 2014, aos 74 anos, em consequência de ferimentos causados após uma queda das escadas de sua casa, em Zurique.